Em 1887, inaugurava-se a linha do Tua, entre Foz-Tua e Mirandela, na presença dos poderes locais, das autoridades religiosas e do próprio Rei. A cerimónia foi o ponto culminante de um esforço épico de engenheiros e operários que nos três anos anteriores haviam trabalhado, suado e morrido no deslumbrante mas inexorável vale do Tua.
Numa perspetiva mais ampla, o novo caminho-de-ferro representava o triunfo do progresso, do génio humano e da máquina a vapor, em prol do qual o Fontismo vinha lutando desde meados do século XIX. Nos anos seguintes à abertura, e durante mais de um século, a linha do Tua tornou-se um símbolo de desenvolvimento em Trás-os-Montes e principal corredor de mobilidade regional da província. Até que, acossado pela concorrência automóvel, a linha começou a entrar em decadência, acabando por ser encerrada parcialmente em 1991 e na sua totalidade em 2008.
Resta a sua memória e a sua história, contada neste documentário em três episódios.
Lisboa, 11 1100-468
Portugal
